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Disciplinas no BTT


XC | Cross Country




Definição: modalidade de competição onde o baixo peso da bike é o mais importante. As bikes de XC podem ser utilizadas também em lazer, mas são menos confortáveis. Existem muitas, baratas, mas pesadas.

Características principais: as bikes são muito leves, por isso não têm suspensão atrás (mas podem, e existem muitas), os componentes são ultra-leves e sacrifica-se a rigidez de alguns deles, como das rodas. Os ângulos são muito agressivos e a posição de condução muito deitada. Algumas marcas optam por travões V-brake porque são mais leves.

Utilização principal: circuitos onde se quer agilidade e rapidez de aceleração, onde o trilho não é demasiado irregular. Também é utilizada no dia-a-dia por quem procura uma bike abaixo dos 10 kg para fazer boas médias e atacar as subidas.

Mas também permite: fazer Maratonas e Enduro

Limitações: nas Maratonas fica limitada pelo escasso conforto e pela posição de condução muito agressiva. No Enduro, muitos dos componentes estão perto do limite de resistência.


MX | Maratonas




Definição: bicicletas para provas mais longas (desde 60 a mais de 100 km) em que já é benéfico ter uma bike de suspensão total com cursos entre os 90 a 120 mm atrás. No entanto, há construtores que catalogam rígidas como bikes de maratona devido à posição de condução.

Características principais: posição de condução um pouco mais descontraída, componentes leves mas confortáveis (selim e guiador elevado), para enfrentar as grandes distâncias.

Diferenças para a categoria anterior: mais 20 a 30 mm curso atrás e à frente; é mais frequente utilizar travões de disco; posição de condução um pouco mais relaxada devido aos ângulos menos agressivos.

Utilização principal: provas ou passeios de mais de três/quatro horas de duração em pisos mais irregulares

Mas também permite: XC com mais conforto e Enduro.

Limitações
: no XC o peso é o principal obstáculo (para quem se importa), no Enduro, é a resistência dos materiais quando são muito “light”.


Enduro




Definição: passeios ou pequenas expedições onde os trilhos são bastante acidentados e já é necessário algum conforto e segurança extra, que vamos conseguir com maiores cursos e componentes mais confortáveis e resistentes.

Características principais: cursos entre os 120 e os 150 mm; componentes mais resistentes, posição de condução mais descontraída, pesos na ordem dos 13 a 16 kg, consoante o preço da bike.

Diferenças para a categoria anterior: mais curso, mais resistência geral, posição de condução mais favorável para grandes distâncias e trilhos técnicos/irregulares

Utilização principal: trilhos com muitas pedras ou raízes, passeios de longa distância, e algumas descidas animadas

Mas também permite: All Mountain, 4X, XC e Maratonas

Limitações: No 4 X poderá ser a geometria, porque o equipamento e o curso muitas vezes são semelhantes, claro que é para pilotos experientes e com condução suave; no All Mountain peca pela menor resistência dos materiais e pouco curso; no XC e Maratonas, o peso e a posição de condução são os “contras”, especialmente a subir.



AM | All Mountain ou Freeride Light




Definição: para trilhos difíceis com descidas, alguns saltos e pequenos drops mas em que é preciso pedalar e até subir sem grandes sofrimentos.

Características principais: a partir desta categoria, as bikes já começam a descer melhor do que subir! Geometria para descer, cursos generosos, materiais resistentes mas leves, elevada polivalência.

Diferenças para a categoria anterior: mais curso, mais peso, posição de condução mais estável e confiante, material mais resistente

Utilização principal: trilhos muito técnicos e irregulares com saltos, drops, descidas, pedra, etc. mas sem grandes excessos!

Mas também permite: Enduro, Maratonas e Freeride

Limitações: no Freeride muitas vezes são os amortecedores utilizados (a ar e pouco resistentes) e alguns componentes leves, como as rodas, guiador ou espigão; no Enduro praticamente não têm limitações, apenas são um pouco mais pesadas; quem não tiver dinheiro para duas bikes (ou mais) uma boa All Mountain de 14 kg permite fazer uma maratona para quem não tem objectivos de vencer e ainda utilizá-la no dia a dia para passeios mais agressivos!



FR | Freeeride




Definição: bikes para descer e curtir uns saltos e drops com segurança mas com preços acessíveis (ou não) e ainda com alguma capacidade para pedalar.

Características principais: cursos entre 170 e 200 mm, suspensões de coroa simples ou dupla, duplo prato pedaleiro e um peso abaixo dos 20 kg

Diferenças para a categoria anterior: mais curso, materiais mais resistentes, geometria mais confiante

Utilização principal: saltos, drops, manobras e grandes descidas

Mas também permite
: All Mountain e DH

Limitações: No DH poderá ser o curso e a eficácia do sistema de suspensão traseiro da bike, que normalmente é mais indicado para absorver grandes pancadas e menos para “comer” com muita sensibilidade todas as pequenas irregularidades do circuito; no AM é o peso e a capacidade para pedalar, especialmente a subir, que limitam o gozo!


FRX | Freeride extreme


Definição: drops gigantes, grandes saltos… “Bender style”, e não só

Características principais: bikes muito reforçadas no quadro e que utilizam componentes à prova de bala. Os cursos podem chegar aos 270 mm atrás e 300 mm à frente, com a Marzocchi Super Monster.

Diferenças para a categoria anterior
: mais peso, mais reforços no quadro e componentes muito resistentes

Utilização principal: voar sem paraquedas!

Mas também permite
: DH e FR

Limitações
: em DH, as limitações são o peso excessivo (chegam aos 30 kg); em FR, além do peso excessivo, têm curso a mais e não se “deixam” pedalar se for preciso fazer uns metros a subir ou mesmo em plano



DH | Downhill




Definição: para pistas de DH onde o objectivo único é descer

Características principais: cursos entre os 200 e os 240 mm, pesos entre os 17 e os 21 kg

Diferenças para a categoria anterior: suspensão traseira mais eficaz em termos de sensibilidade; na teoria, não precisam de ser tão reforçadas nalguns componentes, por isso é que algumas conseguem chegar a pesar apenas 17 kg (ou mais, nos protótipos de pilotos de topo)

Utilização principal: descidas de DH, em competição ou não

Mas também permite
: FR e Extreme FR

Limitações: em FR, a limitação poderá estar na escolha de alguns componentes menos resistentes se és daqueles que quer ter uma bike de DH leve. Em Extreme FR, esses mesmos componentes, e o próprio quadro, podem não aguentar algumas brincadeiras mais “no limite”.



4X | Street | Dirt




Definição: bikes para saltos tipo Dirt, Tables, “step ups” mas também para corridas de 4X ou para atacar os muros, escadas e outros obstáculos da cidade. Existem algumas diferenças de componentes se quisermos criar bikes específicas para estas três categorias.

Características principais: Nas de 4X, podem inclusive ter suspensão atrás (100 a 140 mm), o equipamento não precisa de ser muito robusto, os pneus devem rolar bem e, à frente, o curso não precisa de ultrapassar os 120 mm. Para Street, as rodas e os componentes são os mais robustos que houver, as suspensões têm mais curso (há quem use dupla coroa!) e alguns recorrem a singlespeed. Para Dirt, quer-se uma bike leve mas robusta. Os quadros muitas vezes são em Cromoly (como em Street), muitos utilizam singlespeed e apenas um travão (atrás).

Utilização principal: skate park, pistas de saltos, a rua, pistas de 4X

Mas também permite: XC lazer, Enduro, Freeride light

Limitações: dado o peso e geometria, não são muito práticas para utilizar em XC, mas dá para safar. Também ficam limitadas numa utilização de Freeride pela falta de suspensão traseira e pouco curso da dianteira, porque de resto a geometria é favorável e a resistência do material é elevada. Em Enduro, a falta de conforto e curso é o principal contra, uma vez que os cerca de 14 kg de média destas bikes não é exagerado.

E pronto, básicamente é isto. Depois de ler isto, toda a gente vai saber a diferença entre uma XC e uma DH.

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